sábado, 6 de novembro de 2010

Respeitar as diferenças

Cada vez mais se ouve falar, cada vez menos se vê fazer... A coisa do respeito às diferenças está assentada em uma espécie de área de "conflito" eterno, parecida com o Oriente Médio, pois quase ninguém sabe respeitar as diferenças entre uns e outros e ninguém sabe, ao certo, como isso começou.

A tolerância também sumiu do mapa, dando espaço para a arrogância e a soberba. E pensar que isso tudo faz parte de uma tendência evolutiva, que redunda na incapacidade dos seres civilizados se entender, êita!

A impressão que tenho é que estamos sentados em um barril de pólvora, com o fogo aceso, apenas esperando que caia a gota da d'água, que falta para transbordar a ausência de respeito ao próximo, e exploda a bomba de ódio, cuja feitura é de nossa autoria.

Nossa! Todos temos culpa. Uns mais, outros menos... Todos estamos condenados a sofrer as agruras que nós mesmos criamos. Por quê? - Porque somos dotados de inteligência... - Engraçado, o "mundo civilizado" não consegue se entender, porque não respeita, entre outras coisas, o esforço do alheio. É mais fácil descambar a crítica e a razão pessoal, que nesse momento, não são nada relativas.

Será que cultura é sinônimo de respeito, por exemplo? - Depende, cultura é relativo, uns têm, outros acham que têm... O que falta a humanidade é saber relativizar. Nada é 100%, entre um ponto e outro existe um abismo no meio, e nele, milhões de possibilidades.

O que aprendi, muito antes de entrar na faculdade é que respeito aos outros, principalmente aos que são diferentes de mim faz toda a diferença, no que se entende como sociedade organizada.

Infelizmente tem gente que acha, por exemplo, que ler, discutir a leitura e fazer dela a "tábua de salvação do mundo" faz deles seres onipotentes e iluminados. Até poderia. Acredito que se tivéssemos mais leitores aguerridos, como alguns que vejo por aí, poderíamos ter a capacidade de relativização muito mais apurada.

O problema é se o respeito faltar, principalmente no que se refere ao próximo, seja ele "culto" ou não. Diante da falta de respeito, todo conhecimento do mundo empobrece, fica ineficaz e burro.

Quanto às diferenças, que bom que elas existem. Imagine um mundo de Sátiros... Chatos, palpiteiros e metidos... Seria insuportável.

Satirismos à parte, o mundo é cheio de indiferenças, especialmente quando o assunto é respeito. Ah, e cultura não é sinônimo de educação, como disse, tudo tem que ser relativizado. "Relativize já!".

E tenho dito!
Um abraço do tamanho da distância que nos separa!

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O Brasão dos Sátiros