domingo, 10 de março de 2013

REMEMBER, MAIO DE 2007

Resolvi fragmentar o meu diário e copiar partes que me consumiram ao longo de vários anos. Hoje amanheci saudoso, nostálgico talvez, mas nada que me faça sofrer. Uma das minhas andanças, cujo momento está arquivado na memória em um pedaço de papel, resultou nesse monólogo...

Outro dia!

No dia seguinte acordei cedo e disposto a tomar um café como um Rei. Desci às 07h30 e fui para a sala do café. Comi pão com manteiga, queijo branco, fatias de presunto e queijo mussarela, torradas com geléia (na época a reforma orográfica ainda não era cogitada), de amora, iogurte com mel e café com leite, finalizando com um copo de suco de melancia, um dos meus favoritos.

Subi para o quarto, onde liguei o ar condicionado e me senti um doutor, lendo para o espelho. Após isso o celular tocou e então identifiquei o número, que até então não sabia de quem era, mesmo já tendo recebido duas ligações - mas que havia pegado do seu pai.


Mas de qualquer forma, marcamos de  nos encontrar no centro, no shopping Bourdons, o antigo Shopping NH. Estávamos decididos desde antes que iríamos assistir ao Superman - O Retorno, que havia sido lançamento, um mês antes. 


Para nossa surpresa neste cinema, não tinha este filme em cartaz e para que não perdêssemos a viagem, acabamos assistindo o filme do Homem Aranha 3. Se bem que olhando para a situação, seria bem mais interessante se tivemos ficado fora da sala de cinema, olhando as pessoas, fotografando nosso papo bobo, falando do passado, e de presente e futuro e se inteirando da vida do outro. Pois quando saímos da sala já era por volta de 18h35, quase na hora do último ônibus a cidade das Flores era 19h10. Precisamos nos despedir, e eu fui rapidamente jantar para que não ficasse com fome a noite inteira, vez que o hotel não dispunha de serviço de refeição noturna.

Pedi um prato rápido que até então eu nunca tinha ouvido falar: "A la Minuta"! De fato ficou pronto em 1min e eu comi em três. Estávamos com pressa, e esta seria a última vez que nos veríamos desta viagem ao sul, polo central de minha vida até o momento tão sem significado.Separamo-nos e eu andei a pé seis ou sete quadras até o hotel.


Chegando lá fui direto pro banho, descansar, hidromassagem, e depois aquela cama, sem tamanho, macia, com travesseiros e cobertores de plumas de gansos, e ar condicionado no calor escaldante de maio sulista, com o chão coberto por um carpete importado de algum lugar do sul do país.


Foi o melhor banho que já tomei na minha vida...

O Brasão dos Sátiros