terça-feira, 30 de junho de 2009

Final de semana "prime"!


Tenho certeza que se esse final de semana fosse um Banco seria como um Bradesco: Completo!
No domingo cedo, me estressei com uma ligação a cobrar como relatei no post anterior, mas depois do meio dia, uma nova ligação me animou, mas não foi a cobrar e nem da mesma origem.

Essa veio de São Caetano do Sul e eu amei tê-la recebido. Pena (?) que eu estava de saída para o Litoral com um amigo e não pude ficar para ver de perto o que iria acontecer. Mas tudo bem.
Parti para Praia Grande com o Leandro, e lá me diverti pra caramba. Aproveitei para estravasar, no bom sentido, claro. Tomei o Milk Shake do ano, andei na beira da praia de madrugada, tomei banho de mar (coisa rara), em plena 1 hora da manhã. A praia estava deserta, não tinha uma alma viva, então tomei aquele banho gelado de mar... lembrando um tempo que não conheci e me bateu uma saudade do que nunca tive.

Na verdade esse banho foi meio forçado, porque viemos do shopping, o Leandro e eu, e como dois tontos, não sabíamos onde descer do busão, não tinhamos noção de referência e como precisávamos comprar agua, descemos em uma padaria, já um ponto depois de onde era pra descer.
Andamos para frente mais de 30minutos. Resultou que precisamos depois voltar 25 quiosques desses da praia, e para passar o tempo criamos essa moda. Fizemos das calças uma batina, colocamos no pescoço, colocamos os sapatos na mão, o balde dagua na outra e andamos... gente como andamos... meu Deus!!!
Depois fomos rir da palhaçada que fizemos.

No dia seguinte, um outro amigo nosso foi andar na praia conosco, e ficamos um tempão por lá, voltamos pra casa que ficamos, e fomos fazer almoço.
Eu dei uma de Amélia, meio que a contra gosto, visto que ninguém se prontificava a fazer a gororoba. Mas dentro de meia hora surgiu um macarrão com direito a molho de carne moída, pois o Leandro levou a casa dele dentro da mala!!! E comemos isso de almoço.

A noitinha voltei pra casa... como nos sonhos de contos de fada, precisei acordar para a dura realidade. Entrei no busão vazio com destino a São Bernardo. Oh vontade de ficar por São Vicente, por Santos, ou por sumir daqui mesmo para algum outro lugar. Acho que estou cansado da vida de São Bernardo, e queria ir para outro lugar. Tenho o espírito de cigano e acredito na outra encarnação eu nasci cigano, ou forasteiro... meio "Severino retirante". Mas enfim, agora eu vou dormir porque não está nada cedo e amanhã sairei cedo na busca incessante por um emprego novo. Quero me sentir útil de novo.

E só pra constar. Meu final de semana foi prime, passei com dois amigos que nem tenho palavras para dizer o quanto são incríveis.
Um é completo, como o Circo de Soleil e o outro é o JAUM, meu Brodi, que me mostrou o lado rock da vida!

Agora sim, Fuuuuiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sem sono e sem noção!

Não sou contra a pobreza! Eu nunca tive mais do que eu quisesse, portanto não posso reclamar dos desafortunados, pois me incluiria certamente na lista deles.
Durante a semana inteira eu olhei para aquele numero de telefone, receoso em telefonar e acabar por quebrar a cara de novo. Dois eram os motivos:
- Falta de simpatia e presença de antipatia.
Uma coisa é você não simpatizar, outra coisa totalmente diferente é você antipatizar. E eu fiquei no meio termo. Ou seja, 0 x 0, não me sobe e nem me desce, não me cheira e nem me fede.
Ontem, enchi os pulmões de ar, e mandei uma mensagem sms do celular, passando um novo número e me identificando, claro, visto que poderia ser confundido com outro cara e seria colocado posteriormente em maus lençóis. Conheço uma amiga que atirou no que viu e matou o que não viu, mas isso nunca funcionou comigo, e no dia que for funcionar talvez estarei tão longe para isso, que pode não funcionar.
Mas, voltando ao SMS, foram poucas as palavras. Era somente um lembrete de que era vivo e só queria passar um novo número, como se dissesse "olá", quando se passa pela rua. Pena que as pessoas nem sempre sabem disso, e te agarram e beijam e te prendem por horas conversando nas calçadas sobre amenidades. Da mesma forma que há pessoas que ligam para um amigo para dizer que está indo na casa dele, e ainda fica ao telefone por mais 10 min. Ou seja, não precisava mais ir, é só voltar do caminho, pois já conversaram tudo ao telefone, mesmo sabendo que se encontrarão em 10minutos.

O que me incomoda mesmo é a pobreza de espírito! O meu celular, um dos três tocou exatamente às 05h25 da manhã, por mais de duas vezes.
Da primeira vez, eu não atendi mesmo, mas ouvi tocar e já identifiquei o chamador, pois já acordo com o simples fato dele vibrar. Da segunda vez, eu atendi e adivinha? Era do dito número, mas a cobrar!!! Essa pobreza era a de bens. O que leva alguém a acreditar que eu iria atender uma ligação a cobrar no celular, vinda de outro celular às 05h da manhã de domingo? Certamente estava chegando de uma boa de uma balada, antes do banho, (se é que toma quando chega da balada antes de ir dormir). Outra coisa que me passou pela cabeça, depois que desliguei o celular, foi na possibilidade da insônia, mas só passou mesmo! Pois o que leva um ser humano, estar sem sono a esta hora e ligar para um coitado, que esta dormindo mansamente? Além de sem sono, é sem noção? É humanamente impossível ou muita pretensão, achar que eu estaria sem sono pensando nos momentos terríveis que uma xícara de café nos proporcionou. Essa chamada foi a cobrar!!!

Deus do céu, esse povo não tem limites. Como é que se liga a cobrar para um celular as 05h da manhã de um domingo, sabendo que eu dormiria em casa, com o pretexto de dar bom dia?? Meu dia já começou mal, me dando gastos? Se está sem créditos, como julga que eu teria e que queria gastá-los desta forma?
O amor de verdade não explora e este aí já está começando mal, me dando aborrecimento e despesa!

Eu poderia ficar aqui por horas debatendo os motivos que me levaram a revolta com este ato infame. Mas irei me contentar e ir para a praia agora. Acho que olhando para o mar, e para a areia branca, e falando merda com um amigo, vai me espairecer melhor.

Ah! E não me liguem a cobrar a não ser que eu peça. E se for ligar às 05h da manhã, que esteja da Alemanha, com fuso de +5 como já aconteceu no passado e que mesmo assim era uma ligação DDI, e ao atender, já me vinha com um pedido de desculpas enorme, por ter me acordado, enquanto lá já tinham almoçado!

Domingo, 28 de junho de 2009.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Retirante do coração!!!

Não sei exatamente o porquê da saudade. Há um ditado que diz que a gente não deve sentir saudade daquilo que nunca teve.
Saudade é falta daquilo que já tivemos e por algum motivo nos separamos. Hoje eu me deparei com esse sentimento, acho que um pouco mais forte que saudade, pois me angustiou, e saudade pura não angustia, somente saúda...

A fome se mata comendo e saudade se mata com presença, dizia Lispector, mas eu quero mais do que presença. Aquilo que estava me consumindo aumentou de forma grotesca, e nem a presença será capaz de suprir, eu quero um pouco mais, quero afago, quero apego, quero esfrêgo!

Eu nunca fui de sentir isso que estou sentindo hoje. Estou me sentindo estranho como se algo que não conheço apoderasse de meu coração e dos meus hormônios, e tivesse elevado o nível de adrenalina acima do normal, e me fez sentir um calor no sangue, capaz de fazer espumar e dilatar as mais nobres artérias que bomba o sangue para o coração, o que resultou em um desejo desenfreado de sorrir e de chorar, de beber e de parar, de viver e de morrer, de gritar e de calar...

Há mais de três anos não sinto saudade de ninguém, pois ninguém jamais me interessou. Ninguém jamais fez com que meu coração batesse mais forte, e nem por esta alma recente meu coração bateu um pouco mais. Nada passou de uma noite, de um encontro que resultou na explosão dos corpos e em um encontro natural que aconteceria com qualquer ser humano que tenha um pouco de paixão pelo corpo humano e que goste se encontro carnal, qual animal no cio, que de encontro a fêmea, não consegue se controlar, afinal, somos animais! O que neste momento está me visitando é simplesmente a coragem de externar ao mundo o que jamais tive coragem de bradar aos quatro ventos. É o que meu corpo está querendo expulsar de dentro de si. É de que ele está tentando libertar. É o desejo carnal de expelir em gotas de suor e de lágrima aquilo que guardou dentro de sete chaves, dentro de um cofre de ilusão e de enganos.

Estou externando o meu coração de uma chuva de lágrimas que cuidadosamente guardou dentro de si, e estou falando de algo que não tem ainda nome atribuído. É uma dor com vontade de sorrir. É um gozo entalado, uma garganta arranhada, uma gota de orvalho em um oceano de mágoas.

É simplesmente um pedaço de mim que ainda não foi encontrado, é um pedaço de amor mergulhado no mar da dor e submerso na tina de sangue, sou eu, um retirante do coração.

O Brasão dos Sátiros