domingo, 25 de outubro de 2009


Essa semana eu fui ao Banco!
Fazia tempo que eu não visitava a minha agência. Me recordo que última vez que fui lá, era meados de abril deste ano, tive de ir buscar a microfilmagem de uma folha de cheque que usei para pagar a mensalidade do Curso de Letras em 2005, pois a Faculdade alegou que eu não havia feito o pagamento...

Precisei ir lá, tentar tirar um pouco do limite de crédito que me deram, e sem querer tirar satisfação do porquê.

Me aprontei para ir trabalhar, e antes passar na agência. Fui trajando uma calça jeans, porque como era sexta-feira, temos o “casual day”, e levando à mão a maleta do notebook, cheia de cadernos, visto, pois estou em semana de provas e estudo no ônibus na longa viagem até a empresa. Ao chegar no banco, eu me assustei com a maneira que fui abordado. 

A porta giratória travou e na sequencia, o gerente que eu já conheço , o Fabrício veio me atender, e rapidamente me fez entrar mesmo com a porta travando... até porque ele me conhece há pelo menos 4 anos!

Quando adentrei a agência, um outro rapaz veio me atender e começou o interrogatório:

- Bom dia! Quem é o seu Gerente?
Logo pensei: - Ele deve estar me confundindo...
- A Cristiane, se encontra?
Cristiane é a minha antiga gerente de conta, ou pelo menos, a pessoa que resolvia os meus problemas. Ele continuou:
- A Cristiane não trabalha mais nesta agência. A sua conta é gerenciada? Comecei a pensar que era o meu modo de vestir que havia chamado a atenção dele.

Eu fiz uma cara de interrogação, que rapidamente ele entendeu que não era!
E daí me encaminhou para os banquinhos onde fica o povão! E eu me recolhi a minha insignificância e me sentei.

Como estava chegando perto do meio dia, e eu precisava ir trabalhar, e vendo a fila quilométrica, fui até a mocinha da ultima mesa, que estava somente passando as folhas de um grande livro e perguntei:

- Moça por favor, preciso tratar de limite de crédito, e penso que estou na fila errada, porque eu sempre tratei com a Gerente Cristiane, mas ela não está mais aqui...
Ela me perguntou no mesmo tom do rapaz de antes:
- Sua conta é Gerenciada? Eu fiz uma cara de “então, né?” que na hora ela entendeu que eu não sabia e foi logo se prontificando a verificar com quem minha conta estava, perguntou a conta, lhe respondi, e ela pesquisou e logo me veio com a resposta:

- O seu gerente de contas é o Rodrigo.
- O Rodriguinho do Malote?

- Sim, você conhece?
- Sim, claro. Vou lá falar com ele.

Eu já conhecia o Rodrigo desde a vez que precisei sustar um talão de cheque inteiro que havia perdido em Porto Alegre em 2007 na minha viagem de férias. Ele que me atendeu, sustou e des-sustou o talão para mim.

Me dirigi ao caminho ao qual fui orientado e ao chegar no lado de lá, tinha uma plaquinha indicando: “Cliente Preferencial”, até então por mim tava tudo bem, até que li bem grande no alto:

“Bem vindo ao Bradesco. Você é PRIME!”

Me senti um Lorde! 

Já comecei a andar mais solto, sentei na poltrona de couro que me aguardava e sentei, cruzei a perna e me servi de um café fresco que estava à minha espera.

Ao terminar o café, a mocinha já vinha com um suco de maracujá que me servi deliciosamente, porém recusei os biscoitos amanteigados que acompanhavam.

O pote de balas de chocolate do lado, estava repleto, mas também as recusei, por puro desdém! Mas me senti realizado, pois paguei taxas neste banco com conta corrente desde 1996, ou seja, tenho mais que ser “prime por tempo de casa”.

Fui atendido pelo Gerente Rodrigo, que já me passou o seu número de contato, se apresentou como novo Gerente de Contas a Clientes Preferenciais, desisti de tirar o limite de crédito, pois agora entendi o motivo do aumento, e só troquei umas figurinhas com ele, tirei duvidas bobas de cliente novo, e assim fui trabalhar, mais PRIME do que nunca!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

MANHÃ TRISTE

Hoje eu amanheci triste.

O Hélio me ligou ontem à noite para avisar que a nossa mãe não está tão bem. Esteve com problemas cardíacos, foi submetida a uns exames, e então detectaram um entupimento em uma veia do coração e com isso ela vem sentindo fortes dores. Tememos o pior, visto que ela já é de idade avançada, na casa dos 70, mas uma senhora forte, que teve 18 filhos, dos quais destes, 13 ainda estão vivos.
E antes disso, há uma uma semana que eu venho imaginando em silêncio sobre a morte, como poderia ser a morte de um familiar próximo, pois nunca passei por isso, e não sei qual seria a minha reação.
Não gosto de aceitar essa possibilidade e penso neste fato como algo inconcreto, que me dá medo, e desespero. Não sei como reagiria, e se reagiria por tudo o que está acontecendo. Meu coração desde então ficou sem ação.
Pela manhã de hoje, o telefone da sala toca e eu vou atender, já triste, e com medo, o coração saltando.
Odeio toques de telefones logo cedo, eles nunca anunciam coisa boa! Era a minha irmã, Loide, avisando que eles levaram a mãe para o Hospital Geral de Irecê, porque não viram melhora depois do medicamento que ela começou a tomar ontem. Estou preocupado, nervoso, e não consigo me alimentar direito. A minha mãe é tudo o que tenho, e Deus queira que ela saia dessa logo.
Eu detesto agourar os outros, mas meu coração já está aflito só em saber que ela está doente e daqui eu nada posso fazer senão orar e pedir a Ele proteção. Não sei se choro, ou se lamento, não é comum para mim, enfrentar isso. Passei por um apurado este ano ainda no começo do ano, quando precisamos cuidar do Amarildo em Goiânia, e não quero passar por isso de novo, porque dói. Agora tento fazer com que as horas passem mais depressa possível e que ela se reestabeleça.
Fico torcendo para o telefone não tocar, pois cada momento que passa, a aflição,a angústia e a dor vem corroendo meu coração.
Deus, cuide de mim, cuide de nós!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Saudade Desmedida

Estou sentindo uma saudade que não tem nome!

Na verdade eu nem sei se é saudade. Sei que é falta. Aquela mesma saudade de alguém que se foi, e que não se pode precisar se vai voltar. Sinto um desejo imenso de gritar aos quatro cantos, que estou com saudade de um tempo que ainda não vivi, ou de alguma coisa que ainda não tive.
Eu sinto neste momento o desejo de mostrar ao mundo que eu quero ser feliz, contudo, preciso que o mundo saiba que não adianta me impor ou ditar as regras de felicidade que não as seguirei. Estou sentindo a dor vazia de algo que não tenho, e a saudade errante da pessoa que jamais voltará. Essa dor eu comparo aquela dor que no cemitério se sente quando uma pessoa muito querida se vai, e sabemos que não voltará, não importando o que vai acontecer, que é uma ida sem volta.
Não é igual aquela dor da despedida de viagem, que embora seja doída, no fundo se tem a certeza que logo um dia volta e se reaproximará pela saudade. Essa dor, não tem nome, e nem sei se ela de fato existe, mas que precisa ser preenchida com a presença desconhecida, e com a certeza do incerto.
É uma dor que dói não sei onde, que vem não sei como, e que dói não sei porquê!

O Brasão dos Sátiros