terça-feira, 12 de abril de 2011

A Dieta Infeliz

Duas semanas atrás cometi um pecado! Falar-lhes-ei sobre ele.

Durante o mês de fevereiro, eu almocei religiosamente bem. Feijão, arroz, um bife grelhado, ou de frango ou de carne vermelha (nunca peixes, pois além de não gostar, é caro), e sempre salada de legumes, alfaces...

Não tomo café da manhã em casa. Na empresa eu tomava um copo de café com leite e um salgado assado.
Fim da tarde, outro salgado, ou um pão de queijo qualquer mais um copo de café com leite. Volto para casa, bebo um copo de água, ou dois... raramente uma xícara de café preto, faço uma cruz na boca, e cama....

Bom, durante o mês de março inteiro, eu resolvi perder uns quilos, uma vez que mesmo esse regime não tem me ajudado muito.

Chegou o inicio de março, e comecei a rotina.

Manhã – 1 salgado com café com leite às 08h30.

Almoço – 102h30, com 1 filé de frango grelhado, com uma mísera fatia de queijo mussarela por cima, três fatias de tomate e 2 folhas de alface.

Café da tarde – 1 copo de café com leite e um salgado, ou pão na chapa, ou qualquer outra coisa.
Jantar – um copo d’água e uma cruz na boca.

Já estava me sentindo uma raposa de tanto comer frango, todos os dias... olhava para um frango na rua, e ficava ouriçado para “caçar” o bendito.

Passava por uma árvore e queria comer as folhas, parecendo uma cabra quando vê um mato verde...
Enfim, iniciou-se o mês de abril, e eu esverdeado de fraqueza, em plena sexta-feira, me dirijo ao shopping que deixara de freqüentar, exatamente por conta das guloseimas que lá tem... passo pela farmácia e a vaca da balança aponta: 102,400 kg! Vou na farmácia da frente conferir... já estava com uma coisa dentro de mim, que achava que a qualquer momento, fosse ter um parto cesariano de ódio, com uma mistura tão acefalada de ódio com revolta que se aquele filho fosse despejado no meio do caminho, penso que iria contaminar mais do que a irradiação do reator 4 daquela cidadezinha devastada pelo tsunami do Japão.

Me dirijo à balança, e antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, aquele ponteiro infeliz que mais parece um sinalizador do diabo, chegou aos 80, 90, 100 em uma velocidade maior do que um tiro de merda quando quer sair ânus afora em direção à liberdade...

Bateu 102 kilos!

Não praguejei uma silaba. E fui rumo ao shopping, imaginando que comeria, afinal, de que adiantou uma dieta pragmática de 30 dias, para não perder nem 100 gramas?

Uma dieta que forçou ficar fraco à base de frango e alface! Mas precisei me conter.
Pedi para a mocinha:

2 contra-filés acebolado
2 porçoes de maionese
1 batata frita
1 pure de batata
1 farofa de bacon
1 feijão
1 porção de arroz
1 suco de manga 500ml

Comi isso tudo com uma ira por dentro que mal mastigava. Engolia a carne inteira, para não quebrar o aparelho que arrasto entre os dentes e voltei para a empresa com a sensação de que iria comer o mundo se fosse feito de chocolate.

Por volta de 16h, a equipe que trabalho, havia programado uma festinha de aniversário de uma das mocinhas... e eu simplesmente comi 16 salgados, mais 2 pedaços de bolo recheado com doce de leite e ameixa e bebi uns dois copos de refrigerante (que não bebia há meses)...

Vim para casa, ainda com esse sentimento de ódio contra a balança. Foi de maneira tal que se eu descobrisse quem inventou balança, eu rogava uma praga para quebrar uma perna, tanto era meu ódio.
Em casa, comi 1 caixa inteira de chocolate BIS, da Lacta, e metade de uma de bombons da Garoto. Não comi mais, porque senti que ia chamar o Hugo se continuasse!

Não sei onde eu consegui armazenar tanta comida.

O que eu sei é que comi feito um boi, e minha consciência não pesou. Ou seja: vou continuar comendo, se é para morrer de fome e continuar gordo... quero ser gordo de barriga cheia!

Estou solteiro, casar não vou... não estou namorando, e nem pretendo.

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