segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Coração Descongelado

Nos últimos anos, erroneamente me fiz acreditar que meu coração fosse um poço gélido, um buraco profundo sem a menor capacidade de voltar a sentir o calor humano, ou a essência de voltar a suspirar por alguém.

Hoje voltei a descobrir que estava errado. Me redescobri, reinventei.

Meu coração ainda que tenramente voltou a suspirar, voltou a desenterrar o sentimento mais belo e mais puro qual flor do algodão no cerrado inocente e branda.
Me tornei em fração de segundos, um misto de pequeno e grande, ávido e manso, louco e são.

Olhando para os seus olhos e tudo o que me dizia, levou-me a refletir um passado já vivenciado, como que em um dado momento quisera reviver.

E entre uma palavra e outra, lágrimas rolaram do seu rosto. Analisando o sal que lhe correra pela face, pude sentir novamente, e magicamente a alegria do conforto, e a beleza da experiência. Pude confortar a sua dor, respeitar seus sentimentos e fazer parte do seu presente.

Pude mostrar a beleza da sinceridade e sentir o frio da pureza que tanto dói quanto a solidão.

Hoje reelaborando o que houve acho até engraçado tudo o que aconteceu: Nos vimos, nos falamos, e depois nos separamos, para depois nos encontrarmos prontos e amparados por um sentimento mais puro e inocente.

O sentimento que conforta e desola, o sentimento que ajunta e separa, o que ainda não pode ser amor, mas que neste momento, se denomina simplesmente “sentimento”, e o que eu voltei a sentir.

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O Brasão dos Sátiros